Resumo
Nas últimas décadas, a investigação académica em Portugal foi profundamente condicionada pela centralidade das métricas bibliométricas. O acesso ao ISI e ao Scopus, inicialmente pensado para aumentar a visibilidade internacional, acabou por fomentar práticas de “inflação académica”, como a fragmentação artificial de trabalhos e a proliferação de coautorias estratégicas. O resultado é um aumento exponencial de publicações, mas uma estagnação em inovação e impacto social. Esta dinâmica corrói a integridade científica, fragiliza a formação de jovens investigadores e compromete a confiança pública. Reverter esta tendência exige repor o valor da qualidade sobre a quantidade e do ensino sobre o número.

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Direitos de Autor (c) 2025 PsychTech & Health Journal